Obstrução de Via Lacrimal Congênita

Como a lágrima é escoada do olho ?

A lágrima flui da superfície dos olhos para o saco lacrimal através dos pontos lacrimais e canalículos superior e inferior localizados nas pálpebras. Logo, o movimento das pálpebras ao piscar direciona a lágrima, que atinge o ducto naso-lacrimal, responsável por comunicar os olhos ao nariz.

O que é obstrução de via lacrimal ?

É uma obstrução que impede a livre passagem de lágrima dos olhos para o nariz. Nesse sentido, é causada geralmente por uma membrana que interrompe o fluxo de lágrima na parte final do ducto naso- lacrimal.

Por que acontece?

Essa membrana deve se abrir normalmente próximo ao momento do nascimento, um pouco antes ou um pouco depois. Aproximadamente 15% dos recém- nascidos tem um atraso na abertura dessa membrana e por isso vão apresentar lacrimejamento em excesso e presença de secreção.

O recém-nascido tem lágrima?

A produção de lágrimas inicia-se na primeira ou segunda semana de vida. Assim, a maioria das crianças com obstrução de via lacrimal congênita começam a lacrimejar em excesso em idade inferior a 1 mês de vida.

Existem outras causas de lacrimejamento excessivo?

Sim. Glaucoma congênito, conjuntivite, lesões na córnea, corpos estranhos e irritantes químicos. O oftalmologista pediátrico, portanto, vai avaliar se é a obstrução ou outro problema que está causando o lacrimejamento.

Como tratar?

Colírios de antibiótico são usados quando há infecção. Além disso, massagem da via lacrimal ajuda a prevenir infecção e romper a membrana. A técnica da massagem é orientada pelo médico e pode ser feita em casa.

Quando a via lacrimal permanece obstruída até próximo de 1 ano de vida, a membrana deve ser aberta através de um procedimento de sondagem da via lacrimal. Para alguns casos, é necessário colocar um tubinho na via lacrimal para que ela não se feche novamente. Em contrapartida, raramente é necessária cirurgia mais complexa. Consequentemente, as complicações são raras e felizmente aproximadamente 90% dos casos melhoram espontaneamente durante o primeiro ano de vida.

Referências:

Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica www.sbop.com.br American Association for Pediatric Ophthalmology and Strabismus: www.aapos.org

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu oftalmologista. Pode haver variações no tratamento que o oftalmologista pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.


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